domingo, 7 de junho de 2009

A Produção Orgânica

A Agricultura Orgânica pode ser definida de diversas maneiras devido à multiplicidade das características envolvidas.
Uma boa definição é esta que que diz que é "um método de agricultura que visa o estabelecimento de sistemas agrícolas ecologicamente equilibrados e estáveis, economicamente produtivos em grande, média e pequena escalas, de elevada eficiência quanto à utilização dos recursos naturais de produção e socialmente bem estruturados, que resultem em alimentos saudáveis, de elevado valor nutritivo e livres de resíduos tóxicos, e em outros produtos agrícolas de qualidade superior, produzidos em total harmonia com a natureza e com as reais necessidades da humanidade" (Paschoal, 1990).
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 1980) define Agricultura Orgânica como sendo "um sistema de produção que evita ou exclui amplamente o uso de fertilizantes, agrotóxicos, reguladores de crescimento e aditivos de rações animais, elaborados sinteticamente. Tanto quanto possível, os sistemas agrícolas orgânicos dependem de rotações de culturas, de restos de culturas, estercos animais, de leguminosas, adubos verdes e resíduos orgânicos de fora das fazendas, bem como de cultivo mecânico, rochas e minerais e aspectos de controle biológico de pragas e patógenos, para manter a produtividade e a estrutura do solo, fornecer nutrientes para as plantas e controlar insetos, ervas invasoras e outros organismos daninhos".
A base para o sucesso do sistema orgânico é um solo sadio, bem estruturado, fértil (macro e micronutrientes disponíveis às plantas em quantidades equilibradas), com bom teor de húmus, água e ar e boa atividade biológica, pois é o solo e não o adubo que deve nutrir a planta. O solo deve estar sempre coberto para evitar erosão.
No sistema de produção orgânica utilizam-se o cultivo múltiplo e a rotação de culturas, pois isso torna a cultura menos suscetível a pragas e patógenos e dificulta o aparecimento de plantas invasoras, devido à diversidade dos organismos do agroecossistema.
É preferível para o agricultor, quando possível, utilizar variedades para o cultivo, pois assim torna-se viável a produção de sementes na propriedade, e não há dependência de empresas para sua compra, como ocorre com híbridos.
O controle de ervas invasoras, pragas e doenças é feito através de controle biológico, com solarização, criação e soltura de inimigos naturais, armadilhas e agrotóxicos naturais.
Deve-se utilizar de forma adequada máquinas e implementos agrícolas para não danificar a estrutura e a vida do solo.
A integração da agricultura com a criação animal na propriedade é de extrema importância, pois o esterco pode ser transformado em composto, muito importante para a agricultura orgânica. Os animais devem preferencialmente receber ração produzida na própria fazenda, ter instalações adequadas e pastejar livremente. Devem ser tratados com homeopatia, aromaterapia, fitoterapia e imunização.
A agricultura orgânica visa também o bem estar do agricultor, a preservação da sociedade rural e costumes e a auto-suficiência do pequeno agricultor.
O sistema orgânico requer mais mão de obra e mais cara, mas a não utilização de insumos como fertilizantes nitrogenados (os mais caros), agrotóxicos, etc., o maior valor dos produtos orgânicos no mercado e algumas vezes maior produção que no sistema convencional fazem com que o lucro de um produtor orgânico seja igual ou maior que de um convencional.

(texto retirado e modificado da internet)

domingo, 10 de maio de 2009

Estou voltando

Pessoal no momento estou com problemas de conexão mas já estou resolvendo isso e possivelmente na semana que vem devo estar postando novidades mas nada que impeça de responder alguns emails sobre dúvidas.
Meu email é: tecagropecuaria@hotmail.com.
Um abraço e até a volta

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Muita chuva....

Caros amigos
Devido ao problema proporcionado pelo excesso de chuva em minha região não tenho dado continuidade aos posts mas em breve estarei postando assuntos novos relativos a pragas e doenças na agricultura e logo em seguida falarei sobre métodos alternativos de prevenção e combate, incluindo receitas que o produtor/leitor poderá fazer em sua casa com materiais de fácil aquisição.
Um grande abraço a todos e até breve.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Continuação.....

CONCEITUAÇÃO BÁSICA DA AGROECOLOGIA

ADUBOS VERDES: Plantas que se cultivam especialmente para serem enterradas na própria terra, onde servirão de alimento para as culturas futuras.

AGRICULTURA SUSTENTÁVEL: Produção de alimentos, baseada no aproveitamento do potencial de recursos e condições disponíveis na propriedade rural, sem afetar o homem, nem degradar o meio ambiente. Explorar comercialmente a terra, sem afetar os processos e o equilíbrio dos ecossistemas. É um sistema que mantém e melhora as condições naturais.

AGROECOLOGIA: Estuda os sistemas de produção de alimentos, buscando inserir os processos naturais no processo produtivo. Procura estudar processos de produção que utilizem como fundamento os ciclos da natureza, como o ciclo da água, do carbono, do nitrogênio, etc. A agroecologia é considerada a base científica da agricultura orgânica. Ela busca avaliar os aspectos ecológicos, sócio-econômicos e agronômicos de um ecosistema, procurando mantê-lo sustentável, produtivo e rentável. Antes da implantação do sistema produtivo, é necessário fazer um estudo detalhado das relações ecológicas que se sucedem no ecosistema agrícola, a fim de estabelecer a forma, funcionamento e a dinâmica dessas relações. No estudo agroecológico, devem participar não somente os técnicos especializados, como os produtores, numa interação total, visando avaliar o comportamento das diferentes espécies ante as condições ecológicas locais, de forma que permitam conhecer e resolver os problemas em forma integrada (Martinez,1995). As principais metas da agroecologia é desenvolver uma agricultura ambientalmente sadia, socialmente justa, econômicamente viável e culturamente aceitável para seus usuários em cada região.
A agroecologia, é uma agricultura que respeita e utiliza da melhor maneira possível o ecossistema existente, isto é, o tropical. "Eco" vem da palavra grega oikos que significa lugar, o que quer dizer que temos de trabalhar com os sistemas e ciclos existentes no lugar onde trabalhamos e não transferir tecnologia de ecossistemas diferentes. Isso exige uma visão do conjunto da natureza de um lugar, com todas as suas dependências, relações e interligações e não usar receitas prontas fornecidas por um país tecnicamente desenvolvido, mas com ecossistemas completamente diferentes. Aqui não se podem usar receitas como faz a agricultura convencional, mas somente conceitos (Ana Primavesi).

AGROECOSISTEMAS: Refere-se aos ecosistemas onde o homem faz sua intervenção com o objetivo de utilizar os recursos naturais e obter proveito econômico e agrícola. Exemplo: plantio e replantio de palmito em matas. Sistemas agroflorestais, com introdução de frutíferas comerciais.

ALELOPATIA: É a influência causada pela produção e introdução (secreção) no solo de substâncias químicas elaboradas por plantas, que afetam outras plantas ou organismos que vivem no solo. Sistema empregado no controle de ervas invasoras.

ANTAGONISMOS: relação entre dois indivíduos, no qual um causa dano ao outro ou simplesmente não são compatíveis. Sistema empregado no controle biológico.

ANTIBIÓTICO: é uma substância produzida por microrganismos que afetam outros microrganismos.

BIOMASSA: é a quantidade de matéria vegetal expressa em peso seco, presente numa população de plantas. Ela pode ser expressa em volume ou área de plantio. Na agricultura orgânica representa a quantidade produzida de massa vegetal ou seja matéria orgânica, utilizada para incorporar no solo.

BOTÂNICA: é a ciência que estuda os sêres que formam o reino vegetal. É a parte da biologia que se dedica ao estudo dos vegetais.

CAL VIRGEM: elemento mineral constituido de óxido de cálcio, isto é rocha cálcica calcinada (queimada em alta temperatura). Em mistura com pouco água provoca elevada reação térmica. Quando hidratada ou seja em reação com pouca água, transforma-se em cal hidratada.

CERTIFICAÇÃO ORGÂNICA: processo que atesta que determinada propriedade rural está enquadrada dentro das normas de produção orgânica. O imóvel rural é certificado e não o proprietário.

CICLO BIOGEOQUÍMICO: é a forma em que se reciclam os diferentes elementos químicos, levando em conta as diferentes interações biológicas que ocorrem na natureza. Por exemplo, os ciclos do carbono, do cálcio, etc.

COMPOSTAGEM: processo de aproveitamento dos restos vegetais para a produção de adubos orgânicos, fazendo a decomposisção controlada (temperatura, umidade e relação carbono/nitrogênio ) da massa vegetal.

CONÍDIOS: ou esporos fúngicos, são formas de propagação dos fungos filamentosos, que causam a introdução das doenças nas plantas. Eles podem ser levados pelo vento, água, pelo homem, ferramentas, etc.

CONTROLE BIOLÓGICO: sistema de controle de pragas ou doenças, baseadas no antagonismos entre dois organismos. Por exemplo: o emprego de baculovirus no controle da lagarta da soja.

CORRETIVO: é toda substância incorporada ao solo com o objetivo de modificar sua natureza física ou química. Por exemplo, a calagem é a aplicação de calcário, visando fornecer cálcio e magnésio. Da mesma forma, poderemos incorporar o fósforo pela fosfatagem, com fosfóro natural.

DEFENSIVOS ALTERNATIVOS: produtos empregados para o manejo ou controle de pragas ou doenças, que não afetam o homem, nem a natureza.

DIVERSIDADE ( mesmo que biodiversidade): refere-se ao grande número de plantas de diferentes espécies, plantadas no mesmo tempo numá área. A micro-diversidade pode ser obtida num pomar ou cultivo perenes, com o manejo do mato (que tem diversidade de espécies).

ECOLOGIA: Compreende o estudo do funcionamento dos ecosistemas naturais, suas características, habitat (flora e fauna), condição de equilíbrio, recursos, níveis de contaminação, etc. Por exemplo no Brasil, temos vários ecosistemas naturais: a Mata Atlântica, a Serra do Mar, a Amazônia,, o Cerrado, o Pantanal, a Caatinga, o Mangue, etc. É necessário conhecer o ecosistema local e considerar suas condições ecológicas, para o estabelecimento adequado do sistema orgânico.

EDÁFICO: relativo ao solo. Condições edáficas; condições em que se encontra um solo.

ENTOMOPATÓGENO: agente que causa dano ou morte em insetos. Exemplo: O fungo Boveria bassiana causa danos na população de insetos, como pulgões, tripes e outros.

ENZIMAS: são substâncias que tem como função degradar.

EUTROFICAÇÃO: contaminação ou enriquecimento de nitrogênio ou nitrogênio das fontes de água (rios, lagos e mananciais de água), devido a desagues sanitários, agrícolas ou industriais, causando a produção de materia vegetal, principalmente de algas.

EVAPOTRANSPIRAÇÃO: processo conjunto de evaporação e transpiração.

FERTILIZANTE QUÍMICO: produto obtido de forma sintética ou química, que contém macro ou micronutrientes para alimentar as plantas. Geralmente não são aceitos na agroecologia, principalmente as formas solúveis.

FITOPATÓGENOS: microrganismos que causam doenças em plantas.

FITOPLANCTON: porção vegetal que desenvolvem-se nas água, constituidas por algas microscópicas.

FOTOSSÍNTESE: ou assimilação carbônica ou função clorofiliana: é realizada pelas plantas verdes, com clorofila, consiste na decomposição do gáss carbônico do ar, com retenção do carbono e emissão para a atmosfera do oxigênio.

GERMINAÇÃO: é o fenômeno pelo qual o embrião da semente rompe o seu invólucro, desenvolve-se e dá origem a uma planta independente. Para que ela processe normalmente, a semente precisa de três fatores externos: água, ar e calor.

GRADEAÇÃO: processo mecânico geralmente complementar à aração, para destorroar os torrões e aplainar a terra lavrada. É utilizada para enterrar sementes, adubos, calcários e combater ervas invasoras.

HUMUS: é a matéria orgânica completamente decomposta. Tem coloração escura, natureza pegajosa e melhora as condições do solo.

LEGUMINOSAS: plantas que tem a particularidade de apresentarem em suas raizes pequenas nodosidades, que abrigam bactérias fixadoras do nitrogênio da atmosfera.

MACRONUTRIENTES: nutrientes requeridos em grande quantidade pelas plantas: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio.

MATÉRIA ORGÂNICA: nome genérico dado a todo resíduo de origem vegetal ou animal, mais ou menos decompostos.

MESÓFILOS: consistem de microrganismos que participam do processo de decomposição da matéria orgânica, que se desenvolvem em temperaturas compreendidas de 18 a 37 ºC.

MICRONUTRIENTES: nutrientes que tem baixo requerimentos pelas plantas, porém tem papel importante nos processos metabólicos e de resistência da planta. Ex. Cobre, boro, zinco, manganês, etc. Geralmente são fornecidos na forma de sais, como sulfatos.

METABOLISMO VEGETAL: "Conjunto de processos de transformações, com utilização equilibrada de nutrientes, com absorção e geração de energia para a manutenção da vida".

NITRIFICAÇÃO: é o conjunto de fenômenos realizados pelos microrganismos nas quais o nitrogênio orgânico do solo se transforma em nitrogênio assimilável pelas planta, A nitrificação é a na mineralização do humus presente no solo.

OXISOLOS: solo mineral degradado, no qual se encontram produtos de alteração dos materiais primários, com a perda quase completa das bases e concentração de ferro livre. É um solo muito ácido, com baixa fertilidade.

PARASITISMO: relação na qual dois indivíduos participam beneficiando-se apenas um deles, em prejuízo do outro..

PATÓGENO: microrganismo que causa dano em outro.

PROTEÓLISE: processo de quebra ou degradação das proteinas armazenadas pelas plantas, á partir das substâncias de reserva.

PROTEOSÍNTESE: processo de formação e reserva de proteínas, á partir da absorção e metabolismo dos nutrientes.

pH DO SOLO: mostra o grau de acidez, isto é, o pH (potencial de hidrogênio) se está baixo de 7,0 (ácido) neutro (7,0) ou alcalino ( acima de 7,0,). A correção da acidez é feita geralmente com calcário, que devido a presença do cálcio neutraliza sua acidez. A maioria das plantas exige um pH de 6 a 7,0, porém na agroecologia não há a preocupação de fazer aplicações pesadas para elevar o pH, porque são considerados as atividades dos microrganismos, num solo rico em matéria orgânica.

PURIN: preparado natural utilizado em agricultura biológica, cuja principal características é conter substâncias liberadas pela planta macerada em água por 24 horas.

RESERVAS NUTRITIVAS: as raízes absorvem do solo os elementos nutritivos sob a forma de sais dissolvidos em água, e circulam na planta, recebendo o nome de seiva bruta. Estes vão para as folhas onde são transformados, dando origem à inúmeros compostos orgânicos (açúcares, ácidos, amidos, etc). Estes são a seguir distribuidos a toda parte da planta, servindo para o seu crescimento e parte para a formação de reservas protéicas.

RESPIRAÇÃO DOS VEGETAIS: as folhas absorvem o oxigênio do ar e expelem o gás carbônico, de dia e á noite.

SIMBIOSE: relação na planta, na qual dois indivíduos participam beneficiando-se mutuamente.

SISTEMA DE PRODUÇÃO: refere-se ao tipo de exploração e ao uso da terra e dos recursos naturais de uma propriedade rural.

SOLO: é a camada de terra até onde penetra a maioria das raízes das plantas anuais,. Muitos dão a esta a denominação de camada arável, que é mais aplicável na espessura revolvida pelo arado. Ela varia de 20 a 40 cm. O subsolo é camada logo abaixo do solo, geralmente semi-decomposta ou rocha.

SOLO FÉRTIL: Não é o solo que contém quantidades elevadas de nutrientes, porém aquele apresenta todas as condições ideais para a planta desenvolver e produzir, como ar, água, nutrientes em níveis adequados, permeabilidade, estrutura, macro e microrganismos, etc.

SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA: Um processo é sustentável quando tem capacidade de se manter no tempo, como os ciclos da natureza, que sustentam as condições para que a vida aconteça. Pode ser considerado um processo ou atividade que tem capacidade de se manter através do tempo, contanto apenas com os recursos naturais.

TECNOLOGIA DE PRODUTO: Manejo adotado na agricultura atual que induz uma grande dependência de insumos, como cidas (inseticidas, acaricidas, fungicidas, etc) gerando alta vulnerabilidade técnica, insustentabilidade econômica da atividade e degradação ambiental com contaminação dos alimentos, animais e o homem. "Manejo mecanicista, com ações de agrotóxicos em função dos desequilíbrios biológicos, nos ciclos produtivos", ou seja, ao surgimento de cada praga ou doença, utilizamos defensivos tópicos, específicos e de alto custo agregado.

TECNOLOGIA DE PROCESSO: "Manejo dos fatores que interagem no metabolismo vegetal, e com ação fertiprotetoras e fitoprotetoras, gerando equilíbrio biológico nos ciclos produtivos".

TERMÓFILOS: consistem de microrganismos (geralmente bactérias) que participam do processo de decomposição da matéria orgânica, que se desenvolvem em temperaturas compreendidas de 45 A 80 ºC.

TRANSPIRAÇÃO: as folhas liberam no ar, sob forma de vapor, a água que as raízes retiram do solo durante a absorção dos alimentos. Através dos estômatos é que se realizam esta função.

TRANSGÊNICOS: material de origem vegetal ou animal, geneticamente modificados, visando à melhora da produtividade ou resistência. Não são aceitos na agricultura orgânica.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Continuação.....

Diferença entre Produto Orgânico e Hidropônico

A hidroponia é produzida na água e seus produtos obtém nutrientes através de adubos químicos solúveis. O cultivo orgânico dispensa todos os produtos químicos e utiliza apenas adubos naturais. Produto orgânico e Produto natural - todo produto vegetal é natural, mesmo aquele cultivado com agrotóxicos e adubos químicos. Portanto, produto natural não significa necessariamente que seja produto orgânico. Procure a palavra orgânico na embalagem

Selo de Certificação de Produtos Orgânicos

O selo é a sua garantia de estar consumindo produtos orgânicos. Com o crescente interesse pela agricultura orgânica, surge a necessidade de uma verificação segura, que garanta ao consumidor a certeza de estar adquirindo produtos orgânicos.
O selo de certificação de um alimento orgânico fornece ao consumidor muito além da certeza de estar levando para a casa um produto isento de contaminação química, garante também que esse produto é o resultado de uma agricultura capaz de assegurar qualidade do ambiente natural, qualidade nutricional e biológica de alimentos e qualidade de vida para quem vive no campo e nas cidades. Ou seja, o selo de "orgânico" é o símbolo não apenas de produtos isolados, mas também de processos mais ecológicos de se plantar, cultivar e colher alimentos. Daí resulta a importância estratégica da certificação para o mercado de orgânicos, pois além de permitir ao agricultor orgânico diferenciar e obter uma melhor remuneração dos seus produtos protege os consumidores de possíveis fraudes. Existem também outras vantagens expressivas como, por exemplo, o fato de que a certificação torna a produção orgânica tecnicamente mais eficiente, a medida em que exige planejamento e documentação criteriosos por parte do produtor. Outra vantagem é a promoção e a divulgação dos princípios norteadores da Agricultura Orgânica na sociedade, colaborando, assim, para o crescimento do interesse pelo consumo de alimentos orgânicos.
Particularmente eu acho que os benefícios que trazem a agricultura organica para os produtores, os consumidores e o meio ambiente, não necessitaria de ter uma certificação, principalmente quando visa um melhor preço de mercado. A economia que todos fazem com remédios e a qualidade de vida ao produzir ou consumir produtos cultivados organicamente já justificaria essa prática milenar mas essa é apenas minha opinião pessoal e profissional.
Algumas das mais importantes Certificadoras:

ANC
A Associação de Agricultura Natural de Campinas e região (ANC), atua desde agosto de 1991, certificando produtos agroecológicos a partir de 1992. Participa de vários fóruns, entre eles o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Realiza pesquisas e cursos técnicos além de gerenciar três feiras semanais na cidade de campinas: aos domingos (Parque Ecológico), quartas (Bosque dos Jequitibás) e sextas (Centro de Convivência).
Rua Maestro Florence, 30 cep. 13070-164 CAMPINAS - SPCEP: 13075-010 - Campinas / SP
Contatos: Tel:(19) 3213-7759e-mail: anc@correionet.com.br

BCS
A certificadora BCS Öko-Garantie oferece os serviços de inspeção e certificação orgânica de acordo com os seguintes regulamentos:
CEE 2092/91 da União Européia
NOP - Final Rule dos EUA
JAS do Japão
Os certificados emitidos pela BCS Öko-Garantie são reconhecidos internacionalmente nos principais mercados importadores de produtos orgânicos e no mercado interno brasileiro.
Reconhecida por organizações nacionais e internacionais, os serviços de verificação e controle da BCS Öko-Garantie são aceitos por várias certificadoras proprietárias de normas orgânicas, ampliando as possibilidades de acesso dos seus produtos orgânicos em mercados específicos na Alemanha, Áustria, Brasil, Canadá, Suécia, Suíça e outros.
A BCS Öko-Garantie presta serviços de pré-auditoria, auditoria e certificação para os seguintes setores:
Produção de alimentos: produtores/criadores agropecuários, coletores extrativistas, apicultores, etc.
Processamento de alimentos: armazéns, indústria de alimentos e bebidas, restaurantes.
Insumos para agricultura.
Fabricação de cosméticos, têxteis e outros.
Comercializadoras de alimentos: distribuidoras, exportadoras de alimentos A BCS Öko-Garantie também oferece os serviços de certificação outros regulamentos:
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC/HACCP): empresas que manipulam alimentos.
GlobalGAP (EurepGAP): produtores de frutas e hortaliças, produção animal, café, flores e ornamentais.
Utz Certified: produtores de café e cadeia de custódia para armazéns e torrefadoras.
Bird Friendly Coffee: produtores de café no sistema agro-florestal.
Caso haja interesse pelos nossos serviços, estamos à sua disposição para maiores informações!
Certificadora BCS Öko-Garantie
Av. Comendador Pedro Morganti, 4965Bairro Monte Alegre13415- 000Piracicaba, SP.
Tel: (19) 3402.5340 / Fax: (19) 3402.6780
bcsbrasil@terra.com.br
http://www.bcsbrasil.com/


APAN
Associação dos Produtores de Agricultura Natural, é uma sociedade civil sem fins lucrativos, criada em 1990 no município de Mairinque - SP. Sua formação foi inspirada nos conceitos e princípios filosóficos da Associação MOA - Mokiti Okada, com o objetivo inicial de incentivar e disseminar técnicas e práticas agrícolas sem o uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos e que favorecessem a manutenção da vida no solo, juntamente com a produção de alimentos saudáveis, de elevado valor nutricional, sem pôr em risco a saúde do produtor e do consumidor, preservando o meio ambiente e promovendo justiça social. A APAN, Associação dos Produtores de Agricultura Natural, desenvolve suas atividades dentro desta conceituação ampliada. Embora o nome se mantenha, pode-se entendê-la como "Associação dos Produtores de Agricultura Natural Sustentável ".
A APAN promove cursos e seminários na área de agricultura natural sustentável principalmente, na área de horticultura orgânica, café orgânico, cultivo de shiitake, carvão e extrato pirolenhoso. O quadro associativo é composto por 350 membros, dos quais 80% estão localizados no Estado de São Paulo e os demais em MG, RJ, MS, GO, PR, SC e RS.
Certificação - Atualmente a APAN está credenciada como uma das 5 entidades certificadoras de produtos orgânicos no Estado de São Paulo, designadas pelo Ministério da Agricultura conforme a Instrução Normativa n.° 07 de 17 de maio de 1999, com base na Portaria - MAA n.°505, de 16 de outubro de 1998, que dispõe sobre as normas de produção, tipificação, processamento, envase, distribuição, identificação e certificação da qualidade orgânica dos produtos de origem vegetal e animal. Está realizando a certificação de produtos naturais sustentáveis e busca oferecer um trabalho sério e confiável tanto para a cadeia produtiva como consumidora desses produtos.
A APAN está situada à: Rua Marcos Arruda, 729 - Belenzinho - São Paulo / SP
CEP: 03.020-000
Fones:(11) 6096-8929
http://www.apancert.org.br/
E-mail: certificadora@apancert.org.br
Skype: apancert

ACS Amazônia
A Associação de Certificação Socioparticipativa da Amazônia – ACS Amazônia foi fundada em 09 de Agosto de 2003 por 12 instituições (45 pessoas) na realização do II Workshop de Certificação Participativa em Rede na cidade de Rio Branco - Acre, e’ uma entidade civil, sem fins lucrativos.
A Associação de Certificação Socioparticipativa da Amazônia tem como missão: "Garantir um processo de certificação diferenciado que envolva instituições, comunidades e consumidores, proporcionando a melhoria da qualidade de vida, a auto-suficiência, a soberania alimentar e a equidade social, através da valorização cultural e das relações socioambientais dos povos da Amazônia".
Alem disso, no ano de 2003 foi uma das instituições a fomentar a revitalização da Feira de Produtos Orgânicos, Agroflorestais e Artesanais, que e’ realizada aos sábados no Calçadão da Rua Quintino Bocaiúva, ao lado do Terminal Urbano – Centro de Rio Branco com apoio de mais de oito instituições locais. A feira orgânica, como á popularmente conhecida é o espaço de comercialização de quatro diferentes grupos comunitários (PA Moreno Maia, Grupo de Produtores Ecológicos do Humaitá de Porto Acre, Pólos Agroflorestais Benfica e Wilson Pinheiro) totalizando um beneficio direto a aproximadamente 50 famílias rurais.
Contatos:Rua Carneiro Leão, 120 (Subsolo) – Conjunto Bela Vista – Floresta Rio Branco – Acre Cep: 69906-425Fones: (068) 3226-5065/ 3226-5288

Fax: (068) 3226-5289 acsamazonia@yahoo.com.br

http://www.acs-amazonia.org.br/



ABIO
A Associação de Agricultores Biológicos (ABIO) foi criada em 1985, a partir da primeira feira de produtos orgânicos do Brasil, a de Nova Friburgo. Hoje, é responsável pela certificação de 120 unidades produtivas, além de empresas comercializadoras e processadoras de alimentos orgânicos. Atualmente, a ABIO conta com os seguintes núcleos de produtores no estado do Rio de Janeiro: Nova Friburgo, Itaboraí/Cachoeiras, Teresópolis, Brejal, Petrópolis, Seropédica e Eldorado.
A Associação também coordena duas feiras de produtos orgânicos no Rio de Janeiro: a da Glória ,na Capita, (aos sábados) e a do Jardim Botânico de Niterói (às terças-feiras).
Contatos: Tel: (21) 2625-6379

contato@abio.org.br

http://www.abio.org.br/
Jardim Botânico de Niterói – Alameda São Boaventura, 770 – Fonseca – Cep: 24120-191 Niterói – RJ.

Introdução e definição

O produto orgânico é cultivado sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos. É um produto limpo, saudável, que provém de um sistema de cultivo que observa as leis da natureza e todo o manejo agrícola está baseado no respeito ao meio ambiente e na preservação dos recursos naturais.
O solo é a base do trabalho orgânico. Vários resíduos são reintegrados ao solo; esterco, restos de verduras, folhas, aparas, etc., são devolvidos aos canteiros para que sejam decompostos e transformados em nutrientes para as plantas. Essa fertilização ativará a vida no solo; os microorganismos além de transformar a matéria orgânica em alimento para as plantas, tornarão a terra porosa, solta, permeável à água e ao ar. O grande valor da horticultura orgânica é promover permanentemente o melhoramento do solo. Ao invés de mero suporte para a planta, o solo será sua fonte de nutrição. Em sua maioria, a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que tiram da terra o seu sustento. Conservando o solo fértil, a agricultura orgânica prende o homem à comunidade rural à qual pertence. Garantindo sua sobrevivência e a de sua família, desestimula o êxodo rural e fortalece o vínculo do homem à terra.

Produtos Orgânicos e o Meio Ambiente

Ao fazer uso de produtos orgânicos, os consumidores apesar de não sentirem ou terem consciência da sua ação benéfica para o meio ambiente, estão na verdade adquirindo, um conjunto de dois produtos: os alimentos em si e um produto ambiental (a proteção/regeneração do meio ambiente). E esse produto ambiental que parece abstrato à primeira vista, que apesar de adquirido, não é consumido fisicamente por quem o adquire, pode até ser quantificado e valorado. Basta que sejam medidas nos estabelecimentos agrícolas, a melhoria da qualidade da água, a intensificação da vida microbiológica do solo, o aumento da biodiversidade, o retorno dos pássaros e outros pequenos animais ao espaço agrícola, apesar de eventuais pequenos prejuízos que possam causar às atividades agrícolas no curto prazo.
Por outro lado, no longo prazo, os métodos orgânicos de produção, ao equilibrar o meio ambiente e trabalhar de modo harmônico e convergente em relação ao tempo, ritmo, ciclos e limites da natureza, tende a reduzir substancialmente seus custos, podendo até mesmo competir com o agroquímico em termos de produtividade e resultados econômicos, sem entretanto apresentar os aspectos negativos já conhecidos desse sistema de produção.
O agricultor orgânico, que considera a natureza sua aliada, amiga, observa-a, e está sempre apreendendo com ela, respeita seu tempo, suas limitações de solo, água, clima, etc. Percebe as inter-relações que existem entre todos os elementos que compõem o meio ambiente. Enfrentando as dificuldades, impostas pelos limites naturais e éticos em relação a esse processo de produção, este agricultor, com satisfação e acreditando na proposta, procura produzir economicamente, mas acompanhando e respeitando o ritmo da natureza atuando e procurando encontrar um máximo de equilíbrio com a mesma.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Apresentação

Olá
Em breve voce terá uma fonte de consulta sobre agropecuária orgânica.
Até breve